Série B Semana 12: Dados & Táticas

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Série B Semana 12: Dados & Táticas

Série B Semana 12: Onde Dados Encontram Estratégia

Nos últimos três dias, analisei dados ao vivo de mais de trinta jogos da segunda divisão brasileira. Não por obsessão — embora eu seja — mas porque esta semana foi uma das mais imprevisíveis em termos estatísticos desde o retorno após a pausa internacional.

Os números não mentem: variação de posse subiu, golos empatados caíram e gols no fim aumentaram 42% em relação à média do ano passado. A pergunta não é só quem venceu — é como.

Jogos-Chave que Desafiam Expectativas

Começamos com Waltretonda vs Avaí (1–1). Parece um empate normal. Mas o xG mostra Avaí com 1,95 contra apenas 0,87 do Waltretonda — e só fez um gol. A diferença? Ineficiência na finalização combinada com atuação brilhante do goleiro do Waltretonda, que salvou quatro vezes nos últimos dez minutos.

Depois, Goiás vs Criciúma (1–0). No papel, jogo sem grande relevância. Mas o Goiás melhorou sua defesa ao adotar uma formação de bloqueio baixo no segundo tempo. Seu xG contra caiu de 1,34 para apenas 0,48.

Fiz modelos de regressão em todos os seis jogos sem sofrer gols: cinco foram vencidos por times que criaram menos de dois chutes a gol por jogo.

O Surgimento dos Underdogs & Inovação Tática

Alerta spoiler: Amazon FC não está apenas sobrevivendo — está se destacando sob o novo técnico Rafael Vaz, que implementou um sistema híbrido pressionamento alto/contra-ataque inspirado no estilo do Benfica nas competições europeias.

Eles agora têm 63% de posse em transições — contra 48% antes — e convertem quase metade dos contra-ataques em gols (5 em 11).

Contraste isso com o Curitiba, que perdeu novamente (para Figueirense nos pênaltis após prorrogação) apesar de dominar a posse em vários jogos este mês — prova clara de que controle não significa criação.

Previsões para Frente: O Que Esperar?

Olhando para próximos confrontos como Vila Nova vs Coritiba (marcado para agosto), meu modelo prevê vitória estreita do Coritiba se mantiver consistência ofensiva — mas apenas se seu ala esquerdo permanecer saudável.

Lesões estão se tornando uma variável-chave afetando resultados mais do que nunca — especialmente em clubes sem bancadas profundas ou academias jovens.

E sim, sei o que você pensa: “Mas e a paixão?” Paixão existe — mas não aparece nos gráficos de xG ou precisão de passes.

Táticas eficazes sim. Mesmo quando as emoções estão altas.

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