Análise da Série B

by:DataKick1 mês atrás
804
Análise da Série B

Os Números Não Mentem: Uma Análise Fria da Corrida do Meio da Temporada

Acompanho dados do futebol brasileiro desde meus tempos na UCL, e posso afirmar: esta temporada na Série B não é apenas competitiva — é matematicamente imprevisível. Com 60 jogos disputados nesta semana, vemos mais anomalias estatísticas que um modelo de regressão falho.

A liga permanece intensamente disputada. Times como Goiás, Ferroviária e Criciúma surgem como grandes surpresas com base em tendências de xG (expectativa de gols) e consistência em portas limpas. Já concorrentes tradicionais como Avaí e Vitória mostram sinais de fadiga — suas taxas de conversão de finalizações estão abaixo da média geral.

Não se trata mais só de gols; é sobre eficiência. E nas batalhas decisivas pela promoção, a eficiência vence.

Destaques que Desafiaram as Expectativas

Comecemos pelo resultado mais dramático: Amazonas FC vs. Criciúma (2–1). No papel? Um confronto entre equipes do meio da tabela. Na prática? Uma masterclass tática do trio central do Amazonas.

Com dados em tempo real do Opta, o Amazonas teve 68% de posse mas apenas 10 finalizações — cinco no alvo. Seu xG foi apenas 0,89 contra o 1,34 do Criciúma… ainda assim venceu.

Como? Precisão sobre volume. Um passe perfeito do meio-campista Lucas Almeida encontrou o atacante Mateus Silva para o gol da vitória no minuto 87 — um exemplo clássico de jogo baixo volume, alto impacto.

Depois veio a goleada silenciosa: Atlético Mineiro (B) vs. Mirassol (0–2), um dos poucos jogos sem sequer um escanteio para nenhum time.

Sem escanteios? Sem finalizações no alvo? Ainda assim ambas as equipes tiveram precisão passando em torno de 87%. Isso não é sorte — é disciplina estrutural sob pressão.

Os Dados Por Trás do Drama: Por Que Algumas Equipes Vencem Enquanto Outras Desabam?

Vamos olhar para o Criciúma: perdeu apenas um jogo nesta temporada quando seu diferencial xG estava acima de zero. Isso diz tudo sobre sua capacidade de converter chances quando as criam.

Por outro lado, o Avaí teve quatro jogos com vantagem xG mas ainda assim perdeu por má posicionamento em passes finais — padrão que sinalizamos cedo usando nosso algoritmo de agrupamento na Sport Analytics UK.

E não falemos nos cartões amarelos: equipes que adotam blocos defensivos profundos como o São Paulo FC (B) têm média próxima a 35 faltas por jogo no mês passado — mas só sofreram dois gols após o minuto 65 no segundo tempo.

Em resumo: defesa já não é só parar chutes; é obstrução estratégica e uso calculado da agressividade para ganhar tempo.

Previsão Preditiva: Quem Ainda Pode Brigar pela Promoção?

Com base em forma atual e projeções Elo:

  • Principais candidatos ao topo: Goiás, Amazonas FC e Ferroviária
  • Zona de rebaixamento inclui: Juventude, Ponte Preta, além dos recém-em dificuldades Vila Nova e Brasil de Pelotas
  • Escolha surpresa: Maringá, invicto há seis jogos apesar estar fora do top half — provavelmente por melhora nos lances parados (+3 gols em bolas paradas)

DataKick

Curtidas56.94K Fãs3.3K