O Apito Final: 1-1 no Estádio Municipal

Numa noite úmida em Paraná, Waltretonda e Avaí entregaram um dos empates mais equilibrados da temporada 2025 da Segunda Divisão Brasileira. O apito final soou às 00:26 UTC de 18 de junho — após exatos dois horas e vinte e seis minutos de futebol intenso. Sem cartões limpos. Sem dominância clara. Apenas duas equipes recusando-se a ceder.

O placar — 1-1 — pode parecer comum à primeira vista, mas para quem valoriza nuances táticas e análises baseadas em dados? É uma mina de ouro.

Perfil dos Times: Paixão com Fundo Técnico

Waltretonda (fundada em 1973), de Goiânia, tem fama por seu futebol ofensivo. Já disputaram promoção antes, mas nunca concretizaram — até agora. Nesta campanha estão na posição média, em 6º lugar após 12 rodadas.

Avaí (fundado em 1954), de Florianópolis, vive sob pressão há anos. Clube histórico com títulos regionais e breve passagem pela Série A nos anos 90, está sendo reconstruído pelo técnico Rodrigo Silva — ex-analista que prioriza eficiência no domínio da bola.

Ambos investem fortemente na formação jovem — a média etária dos elencos é inferior a 24 anos — algo visível na energia do jogo.

Momentos-Chave: Dança entre Controle e Caos

No primeiro tempo, o Waltretonda dominou posse (58%), mas falhou no ritmo ofensivo após erros críticos do meio-campista Renan Lima, que geraram contra-ataques. O Avaí aproveitou antes do intervalo: movimentação bem trabalhada pela esquerda culminou no gol de Carlos Moraes aos 37 minutos.

Mas o Waltretonda não se abalou. Estratégia no segundo tempo? Simples, porém eficaz: passes curtos pelo centro para contornar a pressão alta do Avaí.

No minuto 68, o atacante Leandro Santos escapou após passe preciso do meia Mateus Costa — exatamente o tipo de lance que modelos preditivos conseguem antecipar com confiança. Gol! Empate! O estádio explodiu — embora houvesse polêmica sobre impedimento durante quase quatro minutos.

A tensão não terminou ali: um pênalti foi rejeitado após consulta aos logs da Opta, mostrando ausência de contato dentro de três metros.

Análise Técnica: Os Números Falam Mais Que os Gritos

Aqui entra minha experiência como cientista de dados com cinco anos analisando táticas da Premier League. Com scripts Python treinados em dados da Sportsradar das últimas partidas da SB, realizei simulações pós-jogo comparando os gols esperados (xG). O Waltretonda teve xG mais alto (1.4) contra o Avaí (0.8), indicando chances melhores — mas taxa de conversão baixa (33%), enquanto a defesa do Avaí manteve firme com mais de quatro chutes certos por jogo esta temporada.

O Avaí também superou em métricas defensivas:

• Menos faltas cometidas (9 vs 13)
• Maior precisão nos passes (86% vs 82%)
• Taxa superior de pressionamento bem-sucedido (+4%) Os números não mentem — foram mais disciplinados mesmo com menos toques.

Já o Waltretonda teve melhor qualidade nos chutes e penetração mais profunda na área adversária — sinal claro que evoluem para criadores de perigo, não apenas sonhadores.